Edição online da FIN permite maior interação entre participantes

A pandemia obrigou a organização a mudar os planos da quarta edição do evento, que decorre até esta sexta-feira, mas o formato digital também permite fazer contactos e negócios. “Esta edição vai ser um bom momento para experimentar uma forma nova de encontro”, diz Un I Wong.

 
 
 

A edição de 2020 da Feira Internacional de Negócios (FIN), a decorrer ontem e hoje, tem lugar num formato online, devido às limitações à circulação causadas pela pandemia de Covid-19. Em entrevista ao Jornal Económico (JE), Un I Wong, vice-presidente da Assembleia Geral da Associação de Jovens Empresários Portugal-China (AJEPC), analisa o impacto que a Covid-19 teve na organização do evento e aborda a estratégia da entidade para o futuro. O Jornal Económico é associado honorário da AJEPC e media partner da FIN.

Como perspetivam a edição de 2020 da FIN face à pandemia?
A Feira Internacional de Negócios, ou FIN, é um evento de promoção de negócios à escala global que conta já com três edições bem-sucedidas. Faz parte de um projeto maior promovido pela AJEPC – Associação de Jovens Empresários Portugal-China, chamado “3 Eventos, 3 Continentes em Português”, e tem como objetivo promover uma rede forte de cooperação através de eventos de networking realizados em três continentes todos os anos, mais concretamente na Europa (Porto, Portugal, em junho), na Ásia (Macau, China, em outubro) e na América (São Paulo, Brasil, em março).

 

Este ano, apesar dos desafios que enfrentamos por causa da pandemia, isso não nos impede de continuar a organizar a 4ª edição da FIN, mas desta vez de uma forma mais criativa e proativa, atendendo à necessidade acrescida de reunir as pessoas e de trocar impressões e ideias face à incerteza futura devido à Covid-19 e à guerra comercial entre a China e os Estados Unidos.

Qual o impacto da pandemia na organização do evento este ano?
Inicialmente, o nosso plano era organizar o evento de forma híbrida, o que permitiria a participação presencial, na OCC – Ordem dos Contabilistas Certificados do Porto, um espaço de referência no centro da cidade, e virtual em simultâneo. No entanto, devido às restrições impostas pelas medidas de prevenção em vigor no estado de emergência, mudámos o plano e decidimos organizar o evento apenas em formato virtual, mantendo a missão e objetivos.

Quais os principais destaques da edição deste ano e o que podemos esperar de novas ideias e parcerias para o mercado empresarial luso-chinês?
Este ano estamos honrados por ter convidados representativos de várias instituições importantes no âmbito de relação luso-chinesa, incluindo, mas não se limitando, o Embaixador de Portugal na República Popular da China e na Mongólia, o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor do Governo português, o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural do Governo português, o Presidente da AICEP Portugal Global, o Presidente do Banco da China (Luxemburgo) S.A. – Sucursal de Lisboa, o Diretor Regional Europa, Ásia Central e Israel do Conselho de Desenvolvimento Comercial de Hong Kong (HKTDC) e a Vice-Presidente do Conselho para a Promoção do Comércio Internacional da China – Sub-Conselho de Pequim. Estes oradores representam setores de diversas regiões, cujas perspetivas e opiniões vão permitir um entendimento mais abrangente e próximo sobre as novas tendências a verificar no contexto de colaboração luso-chinesa, bem como os apoios e incentivos implementados na sua área/região. Estes insights são sempre importantes para os empresários que pretendem explorar um mercado novo – tanto Portugal como a China – e, além disso, os contactos com os oradores podem ajudar a conhecer, de uma forma mais direta e eficaz, a entrada certa no mercado local.

Sendo esta edição da FIN online, esperam muita adesão?
Apesar de ser um evento online, temos todos os funcionamentos no sistema que vão permitir networking através de reuniões virtuais, a exposição de produtos e serviços na plataforma e a participação nos seminários e workshops. Temos neste momento uma adesão bastante satisfatória, pois a participação via online poupa custo e tempo, principalmente de viagem, que o formato tradicional não permitia. Por outro lado, os participantes podem gerir melhor o seu tempo, visto que muitas informações estão disponíveis online e podem ver consultadas em qualquer momento.

Qual a estratégia da AJEPC, a curto prazo, face à pandemia?
Como todas as organizações de promoção de negócios, a pandemia tem limitado a circulação de pessoas e bens, que são elementos essenciais para os negócios. No entanto, o nosso objetivo de promover a interação empresarial e de estabelecer relações é muito claro, e estamos preparados para continuar a organizar ações e iniciativas empresariais como tem acontecido, adaptando às condições possíveis verificadas em cada momento. Esta edição do FIN vai ser um bom momento para experimentarmos uma forma nova de encontro. Faremos a seguir uma análise sobre o respetivo resultado para aperfeiçoar os eventos a ser organizados no futuro próximo.

in Jornal Económico online, 27 Novembro 2020, 10:47

 

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