AJEPC quer “colocar Portugal no mapa das relações internacionais”

A rede de negócios promovida pela Associação de Jovens Empresários Portugal – China, (AJEPC) quer cada vez mais empresários a ligarem os seus interesses à China. Alberto Carvalho Neto, presidente da associação, quer colocar Portugal no mapa do mundo.

A FIN 2021 – um dos mais importantes projetos da Associação de Jovens Empresários Portugal – China, (AJEPC), que vai na sua quinta edição e decorre estas quinta e sexta-feira no Porto – “é um evento multissetorial voltado para empresas que desejam ampliar os seus conhecimentos e a sua rede de negócios global”.

“O nosso propósito é colocar Portugal no mapa das relações internacionais”, disse ao JE o presidente da AJEPC, Alberto Carvalho Neto, para explicar aquilo que, na sua ótica “deve ser a diplomacia económica”: “um fórum internacional de negócios que abranja todos os países de língua portuguesa, mas não só”. Neste contexto, o FIN pretende também fazer uma ligação com a União Europeia enquanto peça fundamental de uma rede de negócios que, por definição, deve ser o mais alargada possível.

A abertura do evento foi feita por vídeo com uma intervenção do embaixador da China em Portugal, Zhao Bentang, que identificou a FIN como um “evento tem dado contributos positivos para a construção de uma plataforma ampla, bem como de parcerias e aproveitamento de oportunidades de negócios para as empresas chinesas e de Países de Língua Portuguesa”.

Na abertura, o papel de keynote speaker (por vídeo) esteve a cargo de Zacarias Albano da Costa, secretário-geral executivo a CPLP, para quem “a integração regional é o primeiro passo” para uma integração a jusante, desta vez mais vasta e tocando todos os pontos do globo. Afirmando que a CPLP é já em si uma rede que toca três continentes, Albano da Costa não deixou de enfatizar que a ligação à China por via de Macau é uma parte importante do alargamento dessa rede ‘regional’ a um universo mais vasto.

Durante o evento, além das reuniões de business matching, os participantes têm à sua disposição conferências, workshops, sessões de esclarecimento e eventos de networking. “Todas as iniciativas são movidas pelo propósito comum de promover a interação e o estabelecimento de bases que estimulem o crescimento económico das empresas participantes e a sua ligação com institucionais, redes e outras entidades presentes.

Desde o seu início, a AJEPC tem-se centrado no mercado da China Continental através de Macau ou integrando iniciativas do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau. O crescente interesse da Ásia pelos países de língua portuguesa tornou-se uma oportunidade para a AJEPC, não só para atuar como hub para estes mercados, mas também para capacitar os portugueses de que há naquele lado do planeta um mundo a descobrir.

Isso mesmo ficou bem patente noutra das intervenções do primeiro dia de trabalho, a de Tang Weng Hei, gestor de Mercados Económicos e Comerciais Lusófono do gabinete estatal Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM). A instituição, disse, é um dos mais eficazes pontos de entrada no gigantesco mercado da China Continental, numa altura em que o comércio bilateral assume uma posição estratégica ao nível das relações externas do governo liderado por Xi Jinping. Nesse contexto, afirmou Tang Weng Hei (expressando-se em português), é do maior interesses dos empresários de língua portuguesa usarem os atributos do IPIM, dada, nomeadamente, a sua ligação histórica com Macau.

Ao longo dos dois dias de trabalho, cerca de 250 empresários de 25 países – entre eles, por exemplo, a Sérvia – e várias dezenas de decisores estarão no Porto para acompanhar os trabalhos. A sexta-feira será marcada pela atribuição de diversas distinções.

in Jornal Económico, 25 de Novembro 2021

 

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